>Mulheres e velharias…

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Não posso evitar certos pensamentos quando vejo aquela jovem recém casada ou nem tanto, que leva para o ‘novo lar’ (ou nem tanto), aquele monte de lembranças da vida que, teoricamente, é passado.
Não, não estou querendo que a gente esqueça de tudo que era bom; que sepultemos nossos melhores ‘piores momentos’.
Não é isso.
Mas acompanhe meu raciocínio…
Algumas mulheres guardam fotos de todos os namorados, afinal, “Não tem nada a ver, eu não estou casada com você, querido?”. Levam os tickets dos shows onde ‘ficaram’ com uma celebridade praticamente desconhecida, montanhas de fotografias (“Isso é passado, amor!”) e uma tonelada de bichos de pelúcia. Guardam papéis de bala e bilhetinhos de escola.
Sinceramente, poucas coisas são tão idiotas quanto bichos de pelúcia com cara de velhos e cheio de ácaros! Guardam pra quê? Dar para os filhos? Ninguém quer criança com rinite! E a probabilidade do pimpolho odiar esses brinquedos é enorme!
Some-se aquele mostruário de bolsas que jamais serão usadas e, “voilá”, cadê espaço pro maridinho? E desde quando homem precisa de armário?
Bem, e se fosse o contrário?
Até entendo que elas não aceitem no novo lar (que será acima de tudo, “a casa delas”) coisas que liguem seu Romeu a uma loura fenomenal dos velhos tempos; mas a razão das mulheres implicarem tanto com hobbies masculinos é um mistério! Chega ser perseguição, quando o passa tempo envolve equipamentos um tanto ao quanto especiais, como decks, receivers, discos de vinil, pecinhas de modelismo, quebra cabeças e outras modalidades mais, digamos, old fashion. Ou que elas não se interessam.
Mulheres, de uma maneira geral, têm problemas com espaço, principalmente na questão do que cabe a cada um.
A bancada da pia estará sempre lotada de cremes e outras poções secretas e altamente quebráveis e a prateleira do box será sempre insuficiente para as dúzias de shampoos que devem ser usados em dias alternados e especiais – não pergunte sob que critérios.
O seu? Ora um anti caspa no cantinho, resolve!
Suas coisas jamais serão as “suas coisas”. Elas terão diversos nomes ao longo dessa relação: tralha, bagulhos, cacarecos, bugigangas, troços. Depois de cinco anos, viram ‘trastes’, ‘velharias’. Ou ‘joça’. Quando ela estiver no limite entre a grossura e a TPM, poderá se referir a sua coleção de miniaturas de carros como ‘porcaria’ ou ‘ aquela merda’, mesmo ; nesse caso, meu amigo, torço para que não tenha tido filhos, pois a tendência é piorar. (Se ainda der para piorar, bem entendido!)
Sei que passa pela sua cabeça sabotar aquele estojo de sombras mofadas, com cores que a Cher deixou de usar nos anos oitenta e cujo prazo de validade aponta algum período nebuloso entre 90 e 92. Claro que já imaginou como seria legal (legal é ótimo, não?) dar um nó naquelas correntes que ela guarda penduradas em ganchinhos que você odeia e que, desde que se conheceram em 89, nunca usou.
Esqueça. Mulheres são como ratos de sótão, elas adoram juntar coisas, precisam ser ‘donas e proprietárias’ de uma gama de inutilidades que, em algum momento, as fazem sentir-se poderosas. Ou boas cozinheiras. Que outra explicação você teria para aquele monte de coisas que ninguém descobriu pra que serve, nas gavetas da cozinha?
Pois é, mas se é de uma mulher, jamais será tralha, entendeu?
Não encontro explicação para esse comportamento feminino. O justo seria repartir-se tudo quase por igual; numa prateleira você guardaria a coleção da Play Boy dos últimos 30 anos (que devem valer alguma coisa) e do outro ela poderia guardar os discos do Menudo ou do Hanson (se for mais jovem) e que, certamente, jamais valerão nada.
Mas como a vida não é justa, conforme-se em saber que não está sozinho nessa situação inglória.
Porque as esposas implicam com as “velharias” dos maridos? (http://www.htforum.com/vb/showthread.php?t=86068)